quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Treino

Uma pena que eu só tenha respostas fora das situações, depois que elas passaram.. Na hora só consigo ficar em silêncio ou pensar em dar um pulo de gato no pescoço. Sorrisos idiotas, estive com saudade e sentirei mais saudades ainda de você-s.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sentindo nada, terrando tudo que posso

Dores, roxos, cansaço físico.
Observando, entendendo, descobrindo e tentando.
Terrando tudo que posso, vulgo curando.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O literal soco na boca do estômago

Tenho tido surtos na parte da tarde, choro desesperadamente por medo da solidão, medo da distância, medo do mundo, medo de mim. Ainda assim sorrio nas ruas quando encontro um amigo, ainda assim, lavo o rosto e tento falar com meus pais sem chorar pra aproveitar cada segundo do que me resta de férias. A primeira vez que coloco isso em palavras, mas não é a primeira vez que sinto. Essa descrição sobre os medos é apenas um item do que causa meus surtos, na realidade eu não sei porque estou assim. Não tenho mais bandas preferidas, músicas favoritas, lugares perfeitos que me bastam. As coisas não me bastam, sinto carência de presenças. A vida de todos ao meu redor mudou, como a minha também, só não estou sabendo a melhor forma de reagir. Estou perdida, sem rumo, sem foco, sem determinação. Vou, onde mandam, onde tenho que ir. Faço o que é necessário, mas quando não há presenças no entorno, principalmente presenças que se comunicam comigo não sei o que sou o que faço ali, só queria gritar a minha mãe e pedir ajuda, gritar meu pai e ter o diagnóstico dessa falta de nexo na vida. Minha casa é aqui, minha vida é por aí onde ela tem me levado e poucos podem entender. Não há como estudar aqui, repito isso como opinião da massa, pois bem fui estudar fora. Não há como ter carreira aqui, pois bem, depois da faculdade penso nisso. Mostrando que não há negatividade neste depoimento sinto imenso prazer em ter conhecido todos que conheci naquela outra cidade, quando estou com eles estou de fato com eles mesmo sabendo que ainda não consigo discutir algo tão profundamente quanto eles o fazem. São a minha galera, mesmo que contados nas mãos sinto um carinho e conforto em tê-los nessa fase. Aqui na minha casa eu tenho os meus, os que completam o meu estar em casa, isso inclui família, amigos, colegas do trabalho lindo que tive. Sei exatamente onde encontrá-los. Cada um segue sua vida a sua maneira e me parecem contentes, ou menos preocupados que antes, mais conhecedores de si, mais maduros. Tiveram todos suas fases complexas, passaram e encararam cada um a seu modo e hoje se não estão realizados estão no caminho, se não estão no caminho conhecem o próprio objetivo. Não são pessoas padrão, pelo contrário, bem diferentes uns dos outros, não fazem questão de agradar ou paparicar só de ser o que são e tenho aprendido muito com isso. Se imaginassem a falta que me fazem... Sou egoísta de último grau, como bem demostrado em vários textos, queria todos comigo e tenho guardados dentro de mim. Se antes eu falava pouco agora falo menos ainda. Ouço tanto quanto sempre ouvi e gosto disso; penso em coisas muito inúteis que inclusive me atrapalham; faço o que consigo.. Não sei me esforçar, não sei o que quero e só sinto vontade de começar a contagem regressiva pra faculdade acabar, ou, tentando decifrar o que sinto, queria uma contagem regressiva dessa confusão mental que me atrasa e preocupa minha mãe, que é a única que percebe - por passar muito do pouco tempo que tem livre comigo-  que algo está anormal. Não sei começar uma conversa com meus amigos ou mesmo com meus pais, tenho a impressão de que falar sobre problemas com quem quer que seja acaba preocupando quem nada tem a ver com isso e nem precisa pensar numa solução. Não evoluo nem mesmo na forma de escrever, o pouco que evolui desde que comecei as anotações aqui e em diários há pouco encontrados foi o português e nem tanto assim.. Não sinto que sou uma pessoa negativa ou pessimista (é um dos meus receios ao tentar falar com alguém: que pensem isso). Só uma pessoa perdida quem não sabe como se procurar. Tenho receio de tudo, ridiculamente... Meu primeiro desafio do ano, já que por receio não pratiquei uma nova língua, foi começar o treino, o típico cansar o corpo , bem judiado por sinal, para escapar da mente. Tudo tem limite e tempo senão bem que faria todos os treinos possíveis mas só de encarar dois desafios de uma vez já me sinto melhor. E estes estão sendo: começar uma atividade sem conhecimento( pedir conselhos, perguntar o que não entendo, esforçar para fazer corretamente, etc. etc. etc.) E, não menos desafiante, encarar alguém, com quem pratico falar mais sem falar tudo ainda. Por mais estranho que seja, os socos no estômago (literalmente falando) soam como lavar roupa suja sem se sujar. Há quanto tempo não conseguia escrever... Continuo cheia de dúvidas mas com menos lágrimas entaladas na garganta. Meu maior desejo desse mês e acabar com esse chororô e aproveitar integralmente cada segundo em casa. E depois pensar no depois e que seja tranquilo. Esse lugar me serve como um abraço que não tenho quando estou sozinha, uma sorte poder tê-lo.