quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tevaliena

Resolvi seguir o conselho de um velho amigo, desavisado disto, enfim segui. Esforcei-me a parar de ver o mesmo programa em minha tv emocional, algumas horas no primeiro dia, um dia inteiro, até que chegam meses e então entendo que toda tv aliena, sem exceção. Acabei de ler um texto muito bem escrito, tão detalhado que parecia descrever-me, mas algo no meu interior alertava-me: pode ter sido escrito para você, sim, como para todas as outras, as quais se dissolveram contrariando sua mente e, simultaneamente, confundindo seus instintos. A tv ligou em um canal diferente - no final das contas todos os canais são iguais, mas a empresa era diferente, melhor explicado assim - e o filme era digno de sessão da tarde, quase um "A Lagoa Azul" e por muito pouco quase me deixei levar pelo sofá aconchegante e quentinho em dia típico de inverno, mas OPA! Alcancei o controle remoto a tempo e desliguei a tv, aproveitei para tirar o fio da tomada para evitar qualquer imprevisto. "Pare de rever o mesmo programa na sua TV emocional. Isso é uma dose desnecessária de veneno."

domingo, 26 de junho de 2011

Quero ver Freud explicar

Acordei meio falante. Não entendo o raio de sonho que tive, por que estas pessoas, por que estes lugares e por que tudo isso que aconteceu? Desnecessário. Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar, esse sopro anda falho, reacendeu algo que já estava completando a palavra passado. Desespero. É como se uma corda elástica me prendesse a tudo, preciso muito de disciplina, mas infelizmente já percebi que não consigo sozinha. Como pessoas fazem falta, como aquele certo abraço me parece ser um dos poucos que se encaixam a mim. Chega desse inferno de ciclos, por favor, já é tortura! Quero ver Freud explicar.

sábado, 11 de junho de 2011

Bebida entra e um texto sai

Lábios roxos, bochechas rosadas, pele quente. A agitação toma conta dos neurônios resistentes ao frio, é cedo da noite e a noite parece já ter chegado ao fim. Há quanto tempo não me vinha essa vontade de rir sem motivos, apenas. Hoje é uma noite que poderia durar horas ou acabar agora, tanto faz, aproveitaria. Amanhã é uma dia para se ter paciência, na verdade, por que se importar com o amanhã? Um brinde ao hoje.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

De ironias é feita a história

- Você é guerreira viu!
Guerreira é quem vai pra guerra, eu só estou assistindo ela de camarote ;D Sem ter dado uma ordem pra que ela acontecesse. É bom dar a cara a tapa, parar de deduções. E se acaso eu sentir o estalo, pelo menos terá servido para dar boas risadas com algum amigo antes.
As vezes é bom curtir uma fossa, assumida e bem humorada, pré dia dos namorados; pegar aquelas músicas que você gosta de ouvir vez ou outra e ouvir todas juntas, numa playlist especial, ''feita para você''. Pra tudo tem sua primeira vez.
(O dia dos namorados de 2011 passarei agarradinha com as lembranças, quem sabe uma garrafinha vinho, em algum lugar que ainda planejarei. Meigo, não? )
Ironicamente eu recebo notícias que fiz questão de saber, e também ironicamente estou entregando a rodada como forma de resposta, algo me diz que os dados ainda estão rolando. Vai achar que ganhou ou vai me desafiar para mais uma partida?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Breve história

Pois bem, ontem me propus a uma auto-análise, com ajuda de duas assessoras. Sem detalhes e enrolações, recebi dois conselhos que na verdade formavam um, o mesmo. Tomar atitude, falar, expor, dar a cara a tapa sem esperar ou deduzir qualquer reação resultante. Fiquei empolgada, tão elétrica que poderia dar choque se alguém encostasse em mim- ok menos. Estava disposta a falar tudo naquele momento sem vírgulas, as últimas barreiras já tinham perdido sentido, a confiança foi chegando, chegando, cheg..
"oi? quem é você e o que pensa que esta fazendo? quer mais uma prova? durma que amanhã mostro-lhe."
Foi como se alguém tivesse me dito isso, e eu li mais essa página e resolvi deixar livro de lado, a história não está ao meu gosto, não tenho vocabulário para seguir essa leitura, especificamente. Voltei a dedicar-me a psicologia, digo, às questões de outréns. Mas passou por mim a ideia de usar do mais baixo pretexto para alcançar o que não consigo no momento; se não foi agora, não era pra ser ou está sendo um teste nível hard pra ver até onde me conformo com a vida. E sinceramente, não sou disso.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Pessoa

Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio do deserto, seja no meio das grandes cidades, e quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão.
— Paulo Coelho
Sempre que passa um estranho na rua, e que eu acho interessante, encaro fixamente seus olhos, dou um leve sorriso, mas falta algo. É uma cena bacaninha, bonitinha, mas, fora isso, vazia. Não era essa a pessoa, a minha pessoa. Meu tempo nunca parou, só uma vez... Perdi totalmente a noção do tempo; a ponto de amanhecer o dia só então fui me dar conta de que não estava em casa, que o efeito da bebida já tinha passado há muito. Foi no mínimo constrangedor; quase cena de filme, imagine o cara na janela, fumando e bebendo cerveja as 6:00 a.m. SEIS DA MANHÃ! Bom, acho digno parar por aí. Enfim, o tempo parou mas ainda não consegui responder se foi, mesmo que momentaneamente, devido ao álcool ou se meu “sensor” ficou confuso, teve tantas provas que pensei ter encontrado A PESSOA... TCHARAM. Não, não dessa vez.
"Mas esse meu texto estava viciado, patinado, não evoluía. Alguma coisa me atrapalhava, palavras bizarras me vinham à mente, eu esfolava os dedos no teclado e no fim da noite jogava o trabalho fora."
- Chico Buarque, Budapeste.