terça-feira, 28 de setembro de 2010

- Tudo bem se você ficar sozinha esta noite?
- Sim, eu já acostumei.
- Tem certeza? É só por essa noite.
- Tudo bem, é sério.
Como se uma noite a mais ou a menos fosse causar mais felicidade ou solidão. Rs’
É apenas uma noite em que passarei de olhos fechados com a mente extremamente aberta aos meus mais ingênuos sonhos. Isso para que chegue o amanhã e eu acorde. Então vou escolher o tipo de dia que quero ter e logo a noite o telefone tocará com as mesmas frases pronunciadas acima. A gente se adaptada da melhor maneira para que tudo seja resultado da felicidade de todos. E funciona.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A questão da vez é

Não entendo por que vivemos pensando no que os outros vão pensar a respeito de nós. Cada passo dado é um olhar ao redor.
“Será que eles viram?” “O que pensaram?” “Vão me julgar?”
É um medo de reprovação tomando conta das mentes alheias, uma necessidade de fazer bonito para os outros. Isso causa infelicidade, insatisfação, isso não é vida. Não há um sentido para deixar de fazer o que se deseja. Ainda mais pelo outro que está lá fazendo o que quer - esteja na lista dos seus afazeres julgar você ou não –, os que te julgam talvez sejam os que mais temem um dia serem julgados.
Enquanto uns se preocuparem com os outros de uma maneira não-construtiva é assim que será o mundo meu caro, repleto de pessoas infelizes e com uma minoria achando que está muito acima.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quarto

O meu não anda lá muito organizado, tem uma coisa fora do lugar aqui, outra ali, mais uma acolá. Quanto mais eu enrolo para arrumá-lo, mais rápidos ficam os ponteiros do relógio. Eles giram muitas e muitas vezes ao dia, as folhas do calendário caem, as estações passam...
Eu queria ter uma péssima memória, assim seriam menos coisas para organizar no meu quarto, e as fotografias poderiam sumir com o tempo, eu não me lembraria de como arrumei tudo e então a próxima vez seria mais divertida. Preciso varrer meu quarto, tirar a poeira, colocar um pouco de graxa na janela e limpar os vidros, estes que andam tão embaçados, para enfim o ambiente estar cheiroso e leve, bem leve. Talvez eu possa colocar a boneca de mãos dadas com uma gente grande, dessas que existem aos montes por aí, mas tem que ser uma especial, que vai tomar conta e cuidar com carinho da boneca para que ela nunca se vá. E mais tarde, quando eu lembrar de olhar no espelho verei no reflexo que já estou em outro quarto e assim seria, de quarto em quarto.

Porquês

Porque eu tenho cara de menina, pensamentos de menina, ideias de menina, vida de menina, só não tenho uma identidade com idade de menina.

Porque a minha estrada anda com muitas curvas e eu fico enjoada com isso, errei na escolha, podia pegar uma estrada reta, tipo aquelas da Europa e apenas acelerar.

Porque em algum momento eu falhei, e de vez em quando essas falhas aparecem e ficam por um momento martelando a minha cabeça.

Porque sinceramente acho que as pessoas queriam ser levadas mais a sério quando falam comigo, eu as levo a sério, mas acho que não transmito isso muito bem.

Porque estou sendo capaz de responder a uma pergunta que não existe, pelo menos não uma que englobe todas essas respostas.

Porque estou achando um mundo de erros que talvez sejam só ilusórios, frutos de um dia estranho que carecia de um pouco de chuva.

Porque a menina bom astral anda tendo crises, oh não!, mas passa, sempre passa, e por agora pode não aparentar mas eu/estou sou otimista. (:

Um tal sentimento

Sinto falta de ter meus abraços ocupados, meus olhos fitando uma outra vida de olhos fechados, sonhando. Aquela criança com mil vontades e aquele adulto com suas metas prontas a serem seguidas. Mais experiência, um pouco menos de idade física. Sim, idade física, a que é levada em conta nesse mundo de regras e leis. Mas a idade da alma nós não sabemos, nem nunca vamos saber.

Meus braços se encontram vazios agora, em compensação minha cabeça está altamente ocupada, de sons, de olhares, de ações e de silêncio.

Não aprendi a nomear todos os sentimentos, então, os que não foram batizados ainda, eu chamo de “sentir falta”.

sábado, 18 de setembro de 2010

Reviravolta

Nem me lembro a última vez que fiquei tão satisfeita com a chuva, simplesmente liguei a tv, peguei o edredom e fui ver um filme, lavei a alma de dentro para fora por umas duas horas enquanto lá fora o ambiente se purificava, e quando dei por mim ela já tinha passado.
Li um livro, vi um filme, estudei para uma prova de matemática, me distrai jogando Simon, me senti feliz ao ouvir a chuva!Tudo às avessas e me sinto tranquila em relação a isso.
É.. As águas do céu podem também trazer boas energias.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

We need a storm

Alguns dias parecem estar com aquela nuvenzinha carregada em cima da sua cabeça/casa, é como se tudo o que podia dar errado desse errado, quase a Lei de Murph.
Nesses dias alguém precisa manter o controle, geralmente essa pessoa é você e dali paciência. Um sentimento de fim de mundo está rodeando a sua cabeça, mas você sorri, tenta manter a calma e se distrair com qualquer outro assunto.
Calma: está em falta no mercado!
Então você começa a buscar o equilíbrio mental, bem lá dentro, se concentra o máximo possível naquele momento para alinhar suas energias e enfim consegue abrir um sorriso. (TCHARAAM) Ele pode ser encarado como o sol, ou como a chuva, vai do que você gosta mais. Se fosse a chuva seria mais ou menos como a nuvenzinha chata e carregada se desfazendo, aliviando!

Hoje tive leve pancadas de chuva durante o dia, uma frente fria se aproximou e carregou o ambiente, e só com o tempo, um pouco de ajuda do vento, e uma dose de prática vou possível contornar.

É isso que somos obrigados a fazer, contornar. Escolha o que deve prevalecer: sol/chuva, ou aquela nuvenzinha.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Olha Setembro aí

O tempo se foi, três meses passaram como três dias visto desse ângulo, e o modo de sentir mudou, já não há ansiedade, nem pela cidade, nem pela prova. Vou deixar acontecer da melhor maneira possível.
Realmente quando vivemos algo pela segunda vez, (na maioria das vezes), não há mais encanto do inédito, aquele frio na barriga, o suspense no ar..
Eu procuro encarar minha vida como uma artista, (levando em consideração os textos escolares de filosofia), mudando a forma de enxergar, buscando coisas diferentes, descobrindo o mesmo mundo que eu supostamente conheço, mas ainda "sou" a "artista" que não descobriu a sua arte, que não possui um foco preciso e nítido.
As vezes eu permaneço nesse mundo material, obscuro, denso e aí o espírito infantil das descobertas se afasta, meus pés se fixam no chão e consequentemente a graça se vai.. Depois eu até volto para o campo de mentes "abertas/semi-abertas" e tudo fica calmo, a paz reina e se bobear entro em profunda meditação.
Amanhã pegarei a estrada rumo ao meu "paraíso", por enquanto as expectativas estão nulas e estou totalmente despreocupada, apenas por enquanto.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Letra a letra

Uma música bem alta de preferência acompanhada de fones de ouvido para estourar tudo e qualquer coisa que tenha em minha cabeça. Que me faça sentir raiva por estar deixando tudo como está, mesmo que este tudo mude todos os dias, com rotina, sem rotina. Lá de frente pro mar, sentindo a brisa passar e cada onda quebrar perfeitamente, ao mesmo tempo em que minha mente transbordava inspiração um nada me dominava.

Um sentimento de falta e outro de culpa por estar sentindo falta, de certa forma minha balança parecia equilibrada. A vontade de sair por aí, sem rumo, gritando independente de quem estivesse ouvindo está ao meu lado neste momento e ela diz ”vá faça isso, não tema”. E naquela bendita balança está minha fraqueza, talvez, me dizendo p. ficar onde estou, simplesmente ouvindo minha música que agora já está num volume baixo. E esse ciclo parece não terminar, por isso mesmo se chama CICLO, mas eu necessito de uma válvula de escape agora antes que o tudo de minha cabeça estoure.

“Não tenha medo, nunca tenha medo.” Eu tento, mas o engraçadinho gosta de me provocar e testar, e cada letra que está aqui é um pouco dele saindo de dentro de mim.