sexta-feira, 28 de março de 2014

Veja só!

Mas que desgraças são essas, quantos desencontros, senão todos;
Quanto obstáculo, empecilho, senão perda de tempo;
Se aquela é a descrição do amor, ora! já amei
e amei muito, amei perdidamente sem saber que chamava amor;
e por isso, talvez somente por isso era apenas felicidade
era apenas ser, ir, fazer, sorrir;
se tudo isso foi amor, digo foram amores, posso então escrever um livro! Por que não?!
Mas veja só, que ironia, talvez aqui seja meu livro de amor;
amores profundos e intensos, rasos e passageiros,
amor em cada letra, cada momento. que surpresa! quanto amor..
Vou gritar para o mundo meus amores e devaneios,
mas gritarei do meu jeito, anotando amores nesse meu livro
 até que chegue a hora de falar baixinho do meu amor pro mundo ouvir!


sábado, 22 de março de 2014

Folhas de outono

Comecei o primeiro dia da minha estação preferida no hospital, passando mal de um jeito que nunca havia passado. Quatro dias depois ainda encontro-me embriagada de copos e mais copos... de soro, que parecem já não fazer mais efeito. Quase pareço uma árvore de outono, sem folhas, seca, com tom amarelado meio sem cor. Acho lindas essas árvores, mas sentir assim não tem sido nada lindo. Que vontade de não pertencer ao mundo dos adultos, não ter que voltar ao trabalho enquanto não estivesse perfeitamente normal.. mundo horrível este. Tudo que eu mais quero é ficar bem o quanto antes, sem ficar parecendo uma criancinha dependente, ou uma velhinha frágil.. Juro que estou fazendo tudo que consigo para não perder minhas folhas, mas no momento elas se vão...

domingo, 16 de março de 2014

Lua e Los

Estava observando a lua e tentei lembrar qualquer som dos Los Hermanos - porque sim- e não consegui;
Encarei fixamente a lua, tudo se apagou em volta, breu! Nada de música..
Saí da varanda pra enxergar o restante do céu. Há tempos não o via tão limpo, estava lindamente estrelado;
Procurei algo diferente, vi as estrelas na mesma posição. Nada de música..
Hoje esqueci as canções. Será que amanhã esquecerei a imagem? E depois, esquecerei o som? E por fim, esquecerei, o que quer que seja, num total?

segunda-feira, 3 de março de 2014

Câmbio, desligo.

Pela marcação de território e pela a ausência de respeito vindo de palavras próprias,
Declaro minha total indignação
Pros infernos!
Antes sair em breve daqui,
Nem mordida no ombro
Nem mãos dadas em frente aos pais
Nem o resto de prazer em ajudar,
Apenas sair daqui.
O dia, tarde, noite mais perfeito do seu ano sendo desgraçado em dois míseros minutos de stress desnecessário alheio
Manter escondido
Os atos
Os sentimentos
As palavras
Já não me satisfaz.
Talvez seja tarde, mas nunca é tarde
Para enxergar que o erro, ou a causa dele
Pode ser simplesmente uma presença que atrasou e esqueceu-se de partir.
Não levando créditos, mas a ausência deste lado talvez seja a solução
Seja geograficamente ou não, câmbio, desligo..