sábado, 21 de maio de 2016

Eu que desacreditada do amor sou, amo
Eu que desprezo o ciumes na vida, o sinto
Eu quis tentar novamente e sem limites, aceitei tudo
Aceitei para me testar, me desafiar e ver se descobria até onde poderia chegar
Cheguei
Cheguei ao ponto em que sinto que passei dos meus limites por não dar conta de controlá-los como pensava
Tentei ser livre
Tentei ser um pouco mais inteligente
Tentei dar outra chance ao coração
Dizia: "não há motivos para preocupação, está tudo sob controle na minha mente"
E sim, na mente, mas quando o coração grita não há mente que segure, então minto.
Não sou seu par porque queres ser par do mundo
Acho uma ideia encantadora mas assim não sou
Quero tudo ou nada
De um mundo só
E está chegando o momento de voltar a ser.. só.
Errei mais uma vez.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Acham que é roça

O nosso povo valoriza muito pouco
as riquezas que a gente tem
Reclama de tudo, diz que do poço aqui é o fundo
sem esperanças trata com desdém
Dizem que aqui é roça
mas roça de quem?
Não percebem que a cidade cresceu
só o povo mesmo que não percebeu.
O trânsito é intenso, a população já aumentou
os olhares vira e meche estão voltados para cá
mas logo dá-se um jeito de desviar.
Nesse vale de montanhas
de únicas características
o única valorização tem sido a das presenças turísticas.
Quem aqui está, quer sair e não consegue
oportunidades novas agarrar
quem aqui chega se encanta
mas se quer ficar não demora a desanimar.
Muitos de nós
com o coração na mão partimos
por deixar para trás um paraíso
aparentemente esquecido,
por seus representantes e habitantes.
Os flutuantes se vão mas e quanto a população?
Instituições Federais estiveram a um pé de aqui se fixar
Opções de lazer e cultura sempre acabam por fechar
Resta a nós jovens partir
a menos que chegue a hora
de alguém por aqui intervir.