terça-feira, 19 de abril de 2011

Malê

Certifiquei-me de olhar todos os detalhes pra garantir que não esqueceria nada, nem um fio de barba que fosse. Aproveitei o pouco sono que tinha, senti os primeiros raios de sol, envolvida num abraço meio inquieto. Olhos fechados; tinha certeza de que os sonhos, pesadelos ou sorrisos não eram por mim. Nada aconteceu e mesmo assim espalham notícias previstas, deduções improváveis. Nossa consciência está limpa, mas quem irá explicar isso ao ciúme de uma mulher distante? Não faço questão de pensar nisso agora. Perco muitos minutos lembrando apenas do carinho recíproco, de cafunés inocentes feitos por quem não pode esperar mais nada além. Disponho-me a ajudar se preciso for, esforçarei pra controlar minha mente que rege meus pensamentos de maneira extremamente confusa e conflituosa. Já descobri a hora de parar e é agora, só me resta saber como. Prefiro as boas lembranças e carinhos contínuos a guerras desnecessárias.

P.S: Acredite e confie em quem está ao seu lado, notícias sempre chegam de todos os lados mas você decide se elas são úteis ou não para sua vida.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quando essa greve de palavras acabará?

As personalidades entram em atrito a todo tempo. As pessoas não entendem certo o que e como você diz cem por cento das vezes. O humor se confunde em meio a palavras ditas em tons errados. “Correto eu, errado você.” Nesse caso, não existe certo ou errado. Duas coisas me remeteram a uma reflexão: um pesadelo que tive essa semana e uma fala da professora de português ‘Nós não ganhamos tempo de vida a cada dia que acordamos, ao contrário, nós chegamos um dia mais perto da morte. ’ Algo assim. Não encontro razão para explicar a barreira que se formou de um dia pro outro. Se na presença dos raios solares uma flor fica linda, cheia de vida e ao cair da noite perde o brilho, logo penso que há algo de errado na noite. Não quero me aproximar da pós vida carregada de negatividade, adiando possíveis experiências incríveis, ou um simples contato diário.

Com o passar dos anos perdi o hábito infantil de falar sobre o amor, de declarar o amor. Realmente desaprendi. Mas o que eu queria, exatamente agora, era conseguir falar, pro único homem que já ouviu isso vindo de mim, a sua real importância. Mas um dos passos é a flor encontrar e resolver seu problema com a noite. Então poderei ao menos tentar.

Tudo isso caiu, inevitavelmente, como uma cachoeira pessoal.