quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Ubermensch

Hoje eu seria um ser predestinadamente fraco à luz de Nietzsche, sou a culpa ambulante que executou grandes conquistas neste conturbado ano. Engraçado que ali no fundo grita uma voz que sabe o que diz, que sabe a força e o poder que tem, o impulso. E ela bate no vidro que fechei, ou na redoma que criei e trinca, pouco a pouco, querendo seu espaço. Contraditório um ser fraco exibindo sinais de super homem, sendo assim sempre fui um ubermensch - com seus sinais vitais abafados.
Esclarecidamente confusa, sei meus pontos fracos, sei a raiz de meus conflitos mas não sei como soluciona-la sem resolver antes a questão do mundo todo.

domingo, 8 de novembro de 2015

Shots de café

Alguns cafés não são para serem 
degustados
São para serem imediatamente tomados em 
rápidos goles
Cafés fortes, nada de açúcar
Talvez apenas
Um pouco de mel aqui
Uma pitada de canela pra fechar.
Algumas atitudes não são para serem
degustadas
São para serem -talvez não tão imediatamente-
tomadas
Decisivas, práticas
Não por isso menos difíceis
Não por isso sem cautela ou leveza,
Não por isso.
O que ficar já foi outrora
degustado
em meio a encantos e
euforias
acrescentado de mel, canela e
pimenta
E passou, na vida daquela que tudo enfrenta, passou
muito bem... passado.
Enquanto aguardo o recomeço
Não degusto, não encanto
Observo, reflito
Enquanto calmamente encaro 
Os shots de café.

domingo, 25 de outubro de 2015

Eu vou mas eu volto - Parte I

O laço nos pulsos,
o laço no cabelo,
o nó na garganta.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Minha nova cama

... não é sobre ela; é sobre tudo que penso e vivo nela.
A greve me presenteou com o que eu mais desejava, minha casa.
Também minha família, meus jogos noturnos de final de semana entre outras coisas inesperáveis. Vivi uma realidade que não sabia que era capaz, não sei se foi benéfica mas me deu bons sorrisos e sensação de alívio, não tinha mais que ir para lá. O sofrimento em cuidar de fazer e desfazer a mala foi deixado de lado e deu lugar a arrumação da bolsa de treino. A correria de sair no final de semana porque domingo era dia de achar carona passou e deu lugar para uma preguiça, talvez, de "com certeza é melhor ficar na cama". Umas saudades são recorrentes mas como não ando sabendo bem como lidar comigo talvez seja melhor não atrair mais gente para perto. Tanto me foi dito sobre amigos nesse tempo que ao presenciar uma discussão capaz de mudar o rumo de histórias refleti sobre onde estão e quem são os meus.
Nesses meses de férias-greve também me senti com 17 anos, entrando em um ônibus rumo ao inesperado. Podia ter dado tudo errado, como acabou nos tempos de 17, mas deu certo mesmo com as pernas bambas e ainda não acabou. Dessa vez há clareza e uma boa dose de confiança com gotas de frustração já esperadas que não julgarei. Claro que não passaria assim tão em branco sem ao menos um porre digno de ser esquecido, houve. Mas todo o resto foi bem maior.
Mal consigo me manter em cima desta cama sem ver tudo que já aconteceu nela passando como um filme e olha que ela é novinha. Tenho duas semanas pela frente sobre esse mundo, hoje azul, confortável e gigante, que sei.. serão dias tumultuados, do choro ao riso, da clareza a confusão e de, claro, inesperados..
Continuo confusa, com a autocrítica lá no teto e me perguntando onde andará Fred para me dar um abraço e dizer para de frescura, mulher, sai daí. Hoje não sou capaz de gritar por Fred embora meu coração o faça sempre.
Com a greve eu ganhei também a certeza de um amigo, nesse caso me valeu as alegrias que já vivenciei e sei que em outro quesito, o das pequenas frustrações só cabe a mim enxergar até onde vai, como sempre, ao meu ver os tapas de sinceridade tem sido mais valiosos.
Eu disse.
Queria dizer a você quando disse também. Algum dia quem sabe.

Até o momento decidi que preciso trabalhar a força para refazer as malas e encarar mais uma vez aquele outro universo, quero tentar, novamente, de uma outra forma se possível. Se vou aguentar um dia, uma semana, o semestre ou até o diploma eu não sei, a longo prazo me parece razoável ao menos tentar. E se não der? Pra quem levou porrada, teve hematomas e se dedicou ao longo dos meses, 230km podem sim ser piores mas que eu seja capaz de lembrar da dor física: fica roxo, muito tempo, dói, queima, te impede de fazer determinadas coisas, exige cuidado, paciência, gelo mas passa e rápido até. Só não precisa chorar...
E estou aberta a mudanças de opinião.

sábado, 22 de agosto de 2015

A verdade é que eu não gosto de nada, não gosto de sociologia, não gosto de filosofia, não gosto de religião, não gosto de história, tão pouco geografia ou turismo. Não é por maldade, é que eu não entendo nada do que me falam, estou no fundo olhando para o quadro negro e se pensam que estou devaneando [?] ou sonhando com algum amor enganam-se, é um branco, um vazio, um nada. Sou eu sentada na cadeira em algum degrau específico que escolhi detalhadamente para aquela disciplina, encantada por 5 minutos com o professor ou professora e depois disso apenas olhando um quadro. Tenho muitos cadernos, muitos mesmo e nunca usei nenhum deles de maneira que me fizesse entender o que estava escrito depois, talvez apenas na primeira semana da aula de Humanidades quando eu usava um de meus cadernos rascunho, talvez, tirando línguas, tenha sido a unica matéria que tenha entendido na academia, alias matéria não, parte da matéria, só a primeira. Nunca escrevi um trabalho digno da academia também, talvez tenha esboçado uma coisa ou outra que chegasse no mínimo aos pés de um, é porque eu não entendo nada do que me explicam, nada do que leio, nada que me mostram. Já criei vários planos para estudar: caderno rascunho para passar a limpo no caderno oficial, gravar aulas inteiras de três, quatro horas para ouvir pausadamente depois, ler na biblioteca ( isso me dava um sono desesperador, como se não dormisse há dias), ler em grupo, ler no centro acadêmico, ler com fones de ouvido tocando música instrumental ou em línguas desconhecidas, ler no quarto com a porta fechada, ler na sala, ler de manhã, ler de noite, ler de madrugada, ler resenhas na internet, ler bêbada, ver vídeos e filmes, mas não entendo nada. Um ano sem entender nada mas sentindo um impulso de estar no meio de tudo aquilo, como se tudo aquilo tivesse um porquê e algo a me ensinar mesmo que tenha passado um ano sem eu entender nada. Pode ser que eu tenha algum problema real em assimilar informações, ou que aquilo tudo não seja meu caminho de fato ainda. É tão ruim não saber nada, não entender nada e não por preguiça, mas por não saber mais inventar planos para saber.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Vinho, não vinho?

Ela só queria vinho depois de um dia de quinta.
Quinta feira, digo, pois nesse dia ela se descobriu um pouco mais, perdeu um pouco da timidez e se permitiu, ela com ela mesma. Tudo lhe interessava, textos, vídeos, importunar alguém, menos fazer sua última prova do semestre. Apesar disso estava um dia leve, tinha ideias para falar, assunto para conversar sem ter que pensar muito e esforçar para ter o mínimo do nada. Indagou e importunou tanto que ouviu o que atiçava sua mais profunda curiosidade. Ficou extasiada, empolgada, sorriu, se encarou no espalho e logo em seguida teve uma pontada na cabeça, uma dor que duraria por um longo tempo, um sentimento de frustração, de saber algo e não saber fazer esse algo, de ter medo, ciúme, angústia, cogitar a tentativa mas a razão, aquela a qual acompanhou sua vida desde sempre, gritou pedindo silêncio. E a vontade, que passou a semana todo falando baixinho atrás da orelha, explodiu como fogos de final de ano, tambores de bateria de samba, bateria num rock n roll bem pesado, enfim, pedindo que se embriagasse o mais rápido possível. Dor de cabeça, frustração e álcool. A trilogia perfeita para a desgraça. Foi então que pode respirar, com um pouco mais de calma, inventou de fazer as contas e ver como andava o lado financeiro, pensar no final de semana com os amigos chegando, a provável derrota que viria depois do porre e decidiu, ao menos até agora, evitar a embriaguez. Mas aquela frustração como de álcool não pode se alimentar foi logo buscando mais razões para permanecer, tratou logo de lembrar a jovem da imensidade da saudade que sente da irmã, da falta que ela faz, de não entender mais a vida e, mesmo que isso fosse comum, de não ter alguém para apenas falar e dar um abraço sem tantas satisfações detalhadas sabe-se lá por quanto mais tempo. E com isso lembra de várias pequenas derrotas internas, inclusive da prova que não conseguiu começar quiçá terminar para entrar nas tão esperadas férias. Suspirou, profundamente. Acho que ela se cansou de todos os hahaha-s sem objetivo de demonstrar risada, apenas como vício de digitação, preferiria olhar no olhos e ser mais ela, por mais atrapalhada que seja. A garrafa de vinho de fato ficará pra depois, o final da noite talvez seja de quinta, mas não terá ressaca de sexta, prefere ir a um salão ficar bonita para si, lavar o ego e alma com qualquer coisa que seja interessante.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Na rua, chuva é o caos

Segunda-feira.
Céu azul, "dever de casa" feito, casa limpa, posso ir para a faculdade, 12h.
Esperando o ônibus, 15 minutos para a aula começar, ônibus cheio, deu tempo de chegar, ok.
Aula de francês, 13h. Textos lidos e entendidos, ok, intervalo, tempo para mensagens de whatsapp, lanche com a turma toda, ótimo, mais matéria, acho que vou ao treino hoje, fim de aula, 17h.
Atravesso a universidade, subo uns 90 degraus, o tempo está frio, fechando, preciso ser rápida pra pegar os xerox e descer. Era uma vez meu dinheiro, muitos textos na pasta pra ler para amanhã, acho que consigo, posso começar a ler no ponto de ônibus.
Cômico, não treino a tanto tempo que só de pensar em ir hoje o tempo fechou, vai chover, vou logo pegar esse ônibus,17:20h.
Ponto de ônibus, vou ler, esse texto parece interessante, quando o ônibus chegar eu escuto. Parece que está chuviscando, melhor ficar na parte coberta. Nada de ônibus, me perdi vou ter que ler novamente. A chuva tá levinha, se o ônibus chegar ainda consigo ir pra casa sem... oh o ônibus.
Mil pessoas alvoroçadas na minha frente, não vai dar tempo de guardar o texto, pega o dinheiro e tenta entrar. A chuva tá ficando forte, entrem logo nesse ônibus. Parece que estou debaixo do chuveiro ligado, o texto vai molhar muito, melhor tentar guardar. Qual a dificuldade de passar numa catraca e ir pro fundo do ônibus? Andem logo.
Entrei, cabelos pingando como se tivesse saído da piscina, mas tudo bem, chuva as vezes alivia a alma. Alguém quer atravessar o ônibus lotado, de onde tiram essas ideias, não dá pra passar. O motorista foi gentil, fez as curvas um pouco mais sútil que normalmente. Meu ponto, vou descer pela porta da frente mesmo.
Ainda chove, as pessoas mudam com a chuva, é só a chuva, andem normais, porquê esse desespero todo, aceita que vai molhar ou arrume um guarda chuva e pra que buzinar tanto? A propósito se arrumar guarda chuva saiba usá-lo, ele te protege da chuva, sabia? Não precisa usar onde tem marquise, é pode abaixar, ah, pode usá-lo acima dos olhos, por acaso você precisa enxergar onde está indo e por um outro acaso dar licença aos que precisam passar por você enquanto você fecha a calçada com o guarda chuva tamanho família na altura do queixo, na marquise e devagar, não adianta ficar irritado porque pedi licença só quero chegar na minha casa como você. O semáforo está funcionando no mesmo tempo padrão de antes, buzinar não faz com que ele fique verde e os carros sumam da sua frente. Estou ficando chata, chuva só é bom se você está num lugar fechado tipo sua casa, um sitio e claro não precise sair tão cedo. Na rua, chuva é o caos.
Ah, casa, finalmente. Espero que esteja tudo bem. 17:45h.
Estou molhada mas tudo bem, chuva lava a alma, quanto tempo não me molhava com chuva, é, não foi tão ruim, posso me acalmar.
Não, espera, o que houve nessa casa? Saí e estava tudo arrumado. Quanta louça, coisa no chão, poxa vida, não é difícil manter arrumado. Quero morar sozinha, eu e eu. Vou acabar uma velha tiazona morando sozinha numa casa linda e do meu jeito, numa cidade bonita e menos caótica, sozinha..
Preciso ler, vou ler, ah ótimo, o texto rasgou e está molhado. Preciso treinar, mas só tem treino as 20h.. Estou estressada, era pra ser só mais uma segunda feira de céu azul com aula linda de francês, agora estou na casa que moro com uma bagunça que não é minha, de cabelos úmidos pós chuva, escrevendo sem parar para me acalmar, sinto a tensão nos ombros, doem. Murphy desse ser meu sobrenome oculto.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

QUE...

Essa noite eu bebi. Não tanto mas bebi. Bebi porque queria esquentar meu corpo dessa neblina congelante que toma minha cidade. Bebi porque queria isolar minha mente de todo o resto. Não funcionou. Nem embriaguez, nem calor, nem fuga. Por sorte achei uma carona que me trouxe ao calor de minha cama em cinco minutos ao invés de uma longa caminhada de no mínimo 40 minutos congelantes (para reforçar o nível do frio). Percebo o vazio em tudo, não só nas ruas. Queria as velhas noites de volta, o frio e a vida atuando na madrugada pós/durante boemia. Agora preciso achar sentido para .. tudo. Que merda...

terça-feira, 7 de abril de 2015

Eu existo

As coisas mudaram, eu mudei, o coração mudou, ou nada disso. Quase me sinto em casa no novo apartamento, consigo ficar a maior parte do tempo com pessoas que me fazem bem, aqui ou lá. As paisagens conspiram a meu favor, as situações também e eu dou mais sorrisos que antes. Continuo desengonçada com palavras mas melhorei em vários aspectos. O grande defeito é que não tenho feito nada quanto a tudo que está atrasado, sigo enrolando. Fiz um planejamento, estou confiante que é possível, é viável, será realizado. Os textos que estão atrasados, refletem o atraso que hora ou outra sinto na vida, sei que não estou sozinha nessas confusões. Engraçado sentir conforto na dor confusa alheia, todavia sinto que servirá como uma alavanca para sair dessa velha estagnação. Quero ter algo a oferecer de mim. Poder compartilhar certezas ao invés de angústias ou vazios. Chega de tentar. É preciso relaxar, prestar atenção e não esquecer que eu existo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Treino

Uma pena que eu só tenha respostas fora das situações, depois que elas passaram.. Na hora só consigo ficar em silêncio ou pensar em dar um pulo de gato no pescoço. Sorrisos idiotas, estive com saudade e sentirei mais saudades ainda de você-s.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sentindo nada, terrando tudo que posso

Dores, roxos, cansaço físico.
Observando, entendendo, descobrindo e tentando.
Terrando tudo que posso, vulgo curando.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O literal soco na boca do estômago

Tenho tido surtos na parte da tarde, choro desesperadamente por medo da solidão, medo da distância, medo do mundo, medo de mim. Ainda assim sorrio nas ruas quando encontro um amigo, ainda assim, lavo o rosto e tento falar com meus pais sem chorar pra aproveitar cada segundo do que me resta de férias. A primeira vez que coloco isso em palavras, mas não é a primeira vez que sinto. Essa descrição sobre os medos é apenas um item do que causa meus surtos, na realidade eu não sei porque estou assim. Não tenho mais bandas preferidas, músicas favoritas, lugares perfeitos que me bastam. As coisas não me bastam, sinto carência de presenças. A vida de todos ao meu redor mudou, como a minha também, só não estou sabendo a melhor forma de reagir. Estou perdida, sem rumo, sem foco, sem determinação. Vou, onde mandam, onde tenho que ir. Faço o que é necessário, mas quando não há presenças no entorno, principalmente presenças que se comunicam comigo não sei o que sou o que faço ali, só queria gritar a minha mãe e pedir ajuda, gritar meu pai e ter o diagnóstico dessa falta de nexo na vida. Minha casa é aqui, minha vida é por aí onde ela tem me levado e poucos podem entender. Não há como estudar aqui, repito isso como opinião da massa, pois bem fui estudar fora. Não há como ter carreira aqui, pois bem, depois da faculdade penso nisso. Mostrando que não há negatividade neste depoimento sinto imenso prazer em ter conhecido todos que conheci naquela outra cidade, quando estou com eles estou de fato com eles mesmo sabendo que ainda não consigo discutir algo tão profundamente quanto eles o fazem. São a minha galera, mesmo que contados nas mãos sinto um carinho e conforto em tê-los nessa fase. Aqui na minha casa eu tenho os meus, os que completam o meu estar em casa, isso inclui família, amigos, colegas do trabalho lindo que tive. Sei exatamente onde encontrá-los. Cada um segue sua vida a sua maneira e me parecem contentes, ou menos preocupados que antes, mais conhecedores de si, mais maduros. Tiveram todos suas fases complexas, passaram e encararam cada um a seu modo e hoje se não estão realizados estão no caminho, se não estão no caminho conhecem o próprio objetivo. Não são pessoas padrão, pelo contrário, bem diferentes uns dos outros, não fazem questão de agradar ou paparicar só de ser o que são e tenho aprendido muito com isso. Se imaginassem a falta que me fazem... Sou egoísta de último grau, como bem demostrado em vários textos, queria todos comigo e tenho guardados dentro de mim. Se antes eu falava pouco agora falo menos ainda. Ouço tanto quanto sempre ouvi e gosto disso; penso em coisas muito inúteis que inclusive me atrapalham; faço o que consigo.. Não sei me esforçar, não sei o que quero e só sinto vontade de começar a contagem regressiva pra faculdade acabar, ou, tentando decifrar o que sinto, queria uma contagem regressiva dessa confusão mental que me atrasa e preocupa minha mãe, que é a única que percebe - por passar muito do pouco tempo que tem livre comigo-  que algo está anormal. Não sei começar uma conversa com meus amigos ou mesmo com meus pais, tenho a impressão de que falar sobre problemas com quem quer que seja acaba preocupando quem nada tem a ver com isso e nem precisa pensar numa solução. Não evoluo nem mesmo na forma de escrever, o pouco que evolui desde que comecei as anotações aqui e em diários há pouco encontrados foi o português e nem tanto assim.. Não sinto que sou uma pessoa negativa ou pessimista (é um dos meus receios ao tentar falar com alguém: que pensem isso). Só uma pessoa perdida quem não sabe como se procurar. Tenho receio de tudo, ridiculamente... Meu primeiro desafio do ano, já que por receio não pratiquei uma nova língua, foi começar o treino, o típico cansar o corpo , bem judiado por sinal, para escapar da mente. Tudo tem limite e tempo senão bem que faria todos os treinos possíveis mas só de encarar dois desafios de uma vez já me sinto melhor. E estes estão sendo: começar uma atividade sem conhecimento( pedir conselhos, perguntar o que não entendo, esforçar para fazer corretamente, etc. etc. etc.) E, não menos desafiante, encarar alguém, com quem pratico falar mais sem falar tudo ainda. Por mais estranho que seja, os socos no estômago (literalmente falando) soam como lavar roupa suja sem se sujar. Há quanto tempo não conseguia escrever... Continuo cheia de dúvidas mas com menos lágrimas entaladas na garganta. Meu maior desejo desse mês e acabar com esse chororô e aproveitar integralmente cada segundo em casa. E depois pensar no depois e que seja tranquilo. Esse lugar me serve como um abraço que não tenho quando estou sozinha, uma sorte poder tê-lo.