terça-feira, 28 de agosto de 2018

Sobre desbalanço

Essa toxidade que eu sei bem o que causa mas não o porquê causa e traz consigo uma fita de outras toxidades as quais não posso falar com nenhum ser humano brinca de balança com outro fato o qual me veio à luz em algum momento recente. Se somos um triângulo nessa morada, considerando a quantidade de pessoas, há algo desequilibrando o meu triângulo e esse algo eu não consigo desmitificar. Sempre que estou em harmonia com um dos lados o outro está em perfeito caos. Quando estou quase equilibrando ambos um lado rompe, em silêncio profundo e lá se vai meu ideal de equilíbrio quase alcançado. A primeira toxidade já fez bons pares de anos presentes em mim mas antes não era tóxico, ao menos eu não sentia assim. Outro detalhe que se revelou há pouco tempo, uma parte da fita que agora se tornou próxima a minha toxidade me tem feito muita referência há uma fita antiga, a qual defendi por muito tempo quando ninguém entendia e depois eu levei um baile da mesma, por seus próprios motivos. Logo, agora que essa referência se faz nítida tornou-se tão tóxica quanto o que puxa a fita e minhas últimas atitudes se resumiram em fuga, em tapar os olhos para ignorar e não alimentar paranóias ou ideias as quais meu cérebro entende como reais. O lugar que eu passei quatro longos anos sendo a primeira a querer ir, deixando de lado qualquer outro plano, que tão bem me fez, tanta paz me trazia, hoje eu tenho vontade de nunca mais voltar e isso é muito forte. O lugar em si segue me dando paz, não posso dizer o mesmo sobre os momentos que tenho ali, somente eu e minha mente, meu corpo e toda minha ansiedade e frustração sabemos. Quando dou meu tempo do que eu chamo de tóxico a calma tende a voltar, não sem antes eu sentir uma vontade muito estranha de fazer o que em dias comuns não sinto mais: beber. E sempre mascarado como uma vontade normal de todo ser humano por trás vem cheia de inseguranças, medos, tristeza calada e mais uma vez fuga. Tenho uma cerveja ali na geladeira, do tipo que eu mais aprecio, das poucas vezes em que resolvo beber, e minha boca não saliva por ela. Até me forço a encontrar motivos para degustá-la mas não há vontade. Mas há toxidade, em receber algum contato do tóxico e sentir meu corpo deprimido, decepcionado. E aí lá no fundo vem o click, isso me faz querer beber, não para apreciar, mas para fugir. E eu não quero ter que fugir e não quero sentir minha energia sugada a cada contato ou experiência num dos lugares que mais me fazia feliz. Os valores que antes dei para cada coisa estão de ponta cabeça e eu só posso escrever visto o tamanho da paranóia que isso configura a qualquer ser, envolvido ou não, parecesse. Até porque quando pessoas ouvem uma determinada história tomam pra si como verdade absoluta não passível de mudança e o que eu mais quero é mudar. E sobre meu triângulo eu quero saber o que faz a conta não fechar e o balanço não funcionar. Quebrar o silêncio e entender quais pontos estão precisando de revisão e atenção real, sem hipóteses que só alimentam mais essa mente viciada em tomar como verdade o que foi apenas cogitado e jogar toda essa energia num corpo que não anda tendo vontade de extravasar. Como sempre eu precisei escrever.