quinta-feira, 15 de maio de 2014

E agora, seu moço?

E aí a moça Emília me disse que sou sentimental demais para ser Psicóloga e não era a primeira vez que eu escutava  aquilo, levei como um sensível elogio. Gosto muito de ouvir as pessoas, mas acredito que não seria muito eficiente em ajudá-las. Queria falar sobre isso com o moço que acha que me conhece - o que não deixa de ser meia-verdade. Ah, outra vez essa sensação. A sensação que um livro causa, sou realmente impressionavel , estou pensando a vida por culpa das estrelas.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Foi

E foi; apenas foi. Outra vez, por vontade, por ausência de outras opções e não somente de um lado. Foi, de todas as maneiras, não tenho muita certeza de como terminou. E foi, já não posso dizer que não mais será; e talvez por isso realmente não será, ou não. É de um sentimento misto, quase nulo porque existe e não existe, mas confunde. Uma confusão exata, que sei onde começa e termina,mas já foi. Foi, foi bom. Foi para aprender a não inventar promessas pessoais por impulso e quebra-las logo em seguida. Foi para, independente do pós, lembrar sempre de fazer o seu melhor, porque depois não interessa o quanto você poderia ter feito. Mas enfim, foi.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Interferência

Os seus acinzentados  sorrindo sem querer, sem porquê
Os seus contornos bem esboçados
Que talvez ninguém note
Preenchem meus devaneios;
Já vaguei por outros cantos,
Próximos e distantes,
Mas a vontade de estar em sua presença ainda mora nesse interior .
Como posso eu ajudar?
Afastada não soa como a melhor das respostas.
Até onde seria coerente,
No papel de um amigo,
Deixar a corda arrastar
Sem enfocar ?
Digo, quando é  a hora de interferir?
Seria agora, já ?
A demora causa indagações
E já não sei se são reais ou ilusorias
Ou se é meu autoengano
entrando em ação.
Deixe-me ajudar você, reapareça.

domingo, 4 de maio de 2014

Ideia

Deveriam pensar em lugares para madrugada, que não seja bar, danceteria e afins, mas um espaço livre destinado a quem deseja madrugar conversando, bebendo em um lugar mais tranquilo a espera do nascer do sol. Alguns mandariam ir para casa, mas lá sempre tem alguém querendo dormir, assim como nos outros lares espalhados pela cidade os quais atormentamos sem querer por falta de opção. Existe vida após 22h e pré 6h e por mais que esta não pertença ao meu mundo, sete dias na semana, tenho consideração com quem precisa disso. Acho maneiro sentar na rua pra conversar a noite, mas acho um porre incomodar os outros. Cada bairro deveria ter o seu espaço da madrugada, com vistas agradáveis e fora da área de perturbação, na medida do possível.