sábado, 27 de dezembro de 2014

Quero abraços

Uma casa tem toda liberdade para ser bagunçada mas não tem liberdade para bagunçar casas alheias. Um canto que não é seu tem de ser tratado com todo respeito e clareza parar não se tornar turvo pela poeira vizinha justamente quando está praticamente organizada.
Vivo querendo juntar as bagunças da sociedade inteira só que não penso no quão sujo essa junção pode ficar. Pessoalmente fico mais carregada, chata, implicante, impaciente do que feliz e recepetiva, não tenho sido um bom lar respeitoso, tão pouco clara.
Esse ano já me despedi de algumas nuvenzinhas negras que rondavam minha casa ainda tenho muitas outras pelo entorno e que só me afetam quando percebo que afetei a casa do vizinho. Não é falta de olhar pelo próximo, é falta de saber olhar  com mais cuidado ainda ou melhor, falta de olhar mais fundo aqui dentro de casa.
Toda essa água saindo, querendo limpar a poeira não veio do nada, mas já se foi. Fiz coisas acreditando ser uma ajuda, mas talvez a forma com que fiz não ajudou só atrapalhou, já me desculpei só que desculpas não limpam casas.
Meu dom de sentir culpa pela poeira alheia aparece novamente, justamente pela contribuição da que vos fala. É dificil ser adulto e não poder errar ou não saber de tudo para corrigir os erros.
Quero ser criança, brincar, sem peso, sem porquês. Quero abraçar casas alheias e saber que não posso fazer nada alem de respeitar suas individualidades, sei lá! Quero abraços.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Uma mente me transform-ação

Há alguns dias um certo incômodo tem tomado boa parte de meus devaneios. São questões que tenho de uns 5 anos para cá, no mínimo mas que nunca tentei procurar soluções. Ultimamente presencio discussões intensas, repletas de argumentos teóricos e práticos e pessoas ou muito mais novas que eu ou mais velhas que começaram cedo a pensar e viver sobre.
Poderia saciar essa minha vontade de saber de mil maneiras, mas escutar tais debates tem sido uma das mais interessantes. Pode soar como quem quer ouvir conversa alheia, mas não estou exatamente focada nos detalhes da conversa, sim num geral, no que posso arrancar de útil ali para o meu desenvolvimento.
Debates tidos como chatos pela maioria geralmente chamam minha atenção, são meus "novinhos" fazendo muito mais do que fiz em toda a vida e se eu bem encarar posso tomar como estímulo e mola.
Então lá estava eu, na mesa do bar, sem nenhum copo na mão ( o que é tido como raro), sem focar nos míseros detalhes discutidos por duas pessoas relativamente experientes, não pela idade, por vivências no meio social, refletindo a cada frase que conseguiu minha atenção.
Minha mente está um nó, não sei por onde começar nem mesmo qual meu foco principal, quero aprender tudo agora, tudo junto, saber de tudo; o pouco que sei não me basta mais. Sigo nos filmes, depoimentos e entrevistas enquanto continuo acompanhando as discussões e usando para analise do próximo item da minha longa jornada do conhecimento.


29-11-14
Chuvinha de dezembro caindo
As férias e minha casa
Minha família e meus amigos
tão perto quanto desejei
todos os dias desse semestre.
Uma semana para meus vinte e dois
essa data que traz sempre a nostalgia
e reflexão de tudo que passou
junto da contínua falta de planejamento do depois.
Dois mil e quatorze
se ano de mudança não fosse
o que então seria?