terça-feira, 26 de junho de 2012

T-rror

A convivência está cada dia mais complicada, juro que tento me controlar. Sinto como se tudo estivesse desencaixado de alguma forma, em todos os lugares com todos os grupos os quais convivo. Não faço parte de nada. Tenho amigos "certinhos" mas eles raramente - ou nunca- fazem parte das histórias, sempre sou atraída pela parte "maluca" do grupo, me sinto melhor com eles mas não completa. Pelo lado da família considero que sou até uma das boas ovelhas mas por não saber definir qual caminho seguir me vejo como alvo fácil para críticas. Dou boas risadas mas não como quando era menor. Essa época sim eu fazia parte de tudo, era inteira. Todo fim de semana a família reunida na casa da avó materna, no decorrer da semana visitando e brincando com primos e tios paternos e só tinha que ir ao colégio e à natação, o restante do tempo dividia entre fazer tarefas, ajudar em casa e boa parte brincando na rua. Antes a sombra da minha mãe, agora a assombração, mais ou menos isso. Parece que estou gerando o caos na casa, tudo porque opto por aproveitar o lado menos iluminado, o pouco que sei e conheço da vida. Quando esse terror vai passar? Já posso imaginar as respostas.

sábado, 23 de junho de 2012

Matina

 Depois de assistir um filme bom mas com o final a desejar, levantei e voltei pra casa com o sol já no céu, muita neblina cobrindo a cidade, um dia bonito. Fones no ouvido, cabelo no rosto, passos rápidos embalados por Sweet Dreams (Are Made Of  This), um casaco preto, pesado. Todos olhavam, parece que sabiam que eu não estava indo para a escola e muito menos para o trabalho, então o que diabos eles tanto olhavam? Não senti o peso da caminhada, bem longa por sinal, por hora cantava. Lembrando da noite, das muitas risadas, dos micos alheios que observei, do Chico falando sobre as mulheres, ah, Chico!, das filosofias sobre relacionamento, pensamento, atos... A quase desventura fechou a noite com chave de ouro! Se eu estivesse no mesmo grau de filosofia ainda teria um quê forte de amizade nunca visto antes. Mas nada é por acaso, nada é sem razão.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sexxta

Mais uma noite de filosofia de bar, sagrada a menos na sexta feira. Poucas pratas no bolso, poucas companhias, apenas bebida alheia, muito frio e vento. A próxima vez acho que já terei um olhar diferente além de formas diferentes de discutir, o velho Buk deve me ajudar. Seja o que for e não for, a noite começa agora.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cópia

Tenho vontade de colocar alguns rostos no papel, um cópia feita de próprio punho. Não sei bem o motivo, é mais vontade que objetivo. Primeiro um auto-retrato, depois meu pai e agora poderia ser minha mãe, mas não tenho uma foto dela aqui, portanto escolhi alguéns e fui selecionando de acordo com minha preguiça e quando vi já tinha baixado três fotos de um mesmo alguém. Encontrei uma boa foto para fazer uma boa cópia; mas... o que me trava se não a dúvida, o porquê da sua foto. O papel em branco e o lápis estão bem na minha frente tenho uma hora livre pra fazer a cópia...

(Duas horas depois)
Cópia feita.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Away

Só espero não te encontrar
em nenhuma esquina, em nenhum lugar
nos meus momentos de solidão
só quero a companhia da paz e porque não
da escuridão
Ando muito "expressão" para pouca "recepção".
Não é um poema, não sei dividir versos.

Preciso de distância.

 E um auto-controle muito bem treinado.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Quase


Uma praga. Já não consigo escrever sobre outra coisa por cerca de duas semanas, não consigo ser a mais clara das pessoas, muito menos a mais comunicativa quando se trata de um ser quase não conhecido, quase. Em até quarenta e oito horas estarei entrando no ônibus rumo à cidade sorriso, apenas esperando encontrar minha irmã, matar a saudade e ir à uma Festa, retornando quatro dias depois. Não espero mais nada, nem mesmo ver o mar. E quanto ao resto do feriado eu sei que tudo pode acontecer. Tudo!

Chami

Uma pele, um cheiro, um cachecol, uma história., um boêmio. Grande ironia, grande surpresa.. Ótima surpresa! Foi a pergunta mais maldosa da noite, já que as seguintes seriam pura consequência. "Você ficaria brava?" Apenas respondi balançando a cabeça, negativamente. Uma noite, uns olhos, umas palavras, um tratamento. Um brinde de Whisky, as discrições da bela mulher ruiva, as saudades do parente. Sua bebida, sua história de vida, suas quase lágrimas, um consolo. Uma incógnita, as nossas incertezas, creio.

Wake up

Noutro dia caiu a ficha de que a adolescência passou e estou na vida adulta, caminhando para os meus vinte anos desta vida. O dinheiro pode não ser meu, diretamente, mas as responsabilidades sim. Cada gota de álcool que colocar na boca, cada carona insana que pegar, cada volta pra casa na madrugada, sob neblina totalmente sozinha. Sempre me ensinaram que eu posso fazer o que quiser, onde quiser, com quem quiser desde que com juízo pois ninguém poderá assumir nada por mim. Lembrando de alguns fatos, vejo que sei como aproveitar a vida, que ainda tenho muito a aprender e que ainda sei dos meus limites, independente de arrependimentos. Admiro os bons boêmios, que saboreiam a vida de outro ponto de vista, nas análises sempre com um quê de mistério, algo particular. Na verdade o que admiro é não saber muito deles e é isso que desejo que saibam sobre mim, quase nada. E ao passo que envelheço percebo o quão interessante ainda é descobrir coisas sobre as pessoas.