quarta-feira, 7 de julho de 2010

Produto do ócio

Eu estava ali sem fazer nada, por que não me passaram nada para fazer, então comecei observar o que as pessoas diziam, não estava xeretando, foi sem querer, como se o que elas dissessem viesse até mim. E mais tarde o ócio tomava conta de todos na sala, literalmente. Sentei para ouvir música e uma amiga estava ao meu lado. Conversa vai, conversa vem (sobre as músicas que ouvíamos), vimos que o tempo passou rápido demais, e que ser criança outra vez seria o ideal, enfim, por coincidência ou não, depois juntamos o nosso nada com o nada de mais três amigas e começamos a brincar. É, brincar, de coca-cola pepsi-cola, adoleta e por aí vai... Comecei a rir e me perguntaram o porquê, eu disse que era porque não me sentia no último ano do colegial, não parecia que em seis meses nos formaríamos. Tudo isso me faz pensar demais. E voltando na conversa com a primeira amiga, eu queria ficar sozinha meditando, pensando, mas sem pensar na nossa vida e ela também. Lá no começo, quando estava sem fazer nada sozinha, ouvi alguém dizer a ela que ela precisava acordar para a vida e parar de dizer "não sei" e lembrei de outro alguém que me disse a mesma coisa com outras palavras, e outros interesses. Eu também não sei de nada, também quero ficar sozinha, também acho que há pressão demais sobre nós, nesse ano. E percebi que não sou a única no mundo que pensa assim, de certa forma isso é bom, ou talvez não seja. Mas isso a vida vai me dizer.

Um comentário:

  1. Ler nas entrelinhas é um dom, não é? Ou talvez nem tanto nas entrelinhas assim.
    E a propósito, dizer "não sei" é apenas não escolher... e a vida não costuma te deixar escolhas pendentes por muito tempo. Ela acaba escolhendo pra você.

    Acho que "acorda pra vida" é um bom conselho... não acha?

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