sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Raiz

Eu não queria ter nascido neste lugar, não adquirir raízes pessoais aqui. A visão que tenho é de certa dificuldade para largar tudo e recomeçar. Sempre na mesma cidade, na mesma casa! Habituei-me a coisas tão pequenas, detalhes que se tornaram necessários no meu cotidiano. Só saberei se estou preparada para uma grande mudança quando fazê-la. Preciso de um misto de coragem e confiança própria para dar um primeiro passo. Simplesmente aceitei o conselho de ficar mais um ano por aqui, mas quantas coisas mudam em um ano não é?! Posso ser gente grande desde pequena para determinados assuntos, mas continuo prematura quando se trata do "estar sozinho". Literalmente falando, não como a minha realidade que é ter contato com os pais todos os dias, ter as contas pagas sem nenhum esforço meu. Cuidar de casa, comida e roupa lavada é ficha perto de estar longe das pessoas. Esta aí o ponto sensível, a presença das pessoas, a minha raiz está fincada nelas, grande erro. Não posso fincá-las em pessoas, jamais. Foi como um vício de direção, não percebi que tinha até agora, com o impacto das mudanças ao meu redor. Taí o que mais me confunde, me prende, me salva e me faz ser, estar.

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