sábado, 27 de dezembro de 2014

Quero abraços

Uma casa tem toda liberdade para ser bagunçada mas não tem liberdade para bagunçar casas alheias. Um canto que não é seu tem de ser tratado com todo respeito e clareza parar não se tornar turvo pela poeira vizinha justamente quando está praticamente organizada.
Vivo querendo juntar as bagunças da sociedade inteira só que não penso no quão sujo essa junção pode ficar. Pessoalmente fico mais carregada, chata, implicante, impaciente do que feliz e recepetiva, não tenho sido um bom lar respeitoso, tão pouco clara.
Esse ano já me despedi de algumas nuvenzinhas negras que rondavam minha casa ainda tenho muitas outras pelo entorno e que só me afetam quando percebo que afetei a casa do vizinho. Não é falta de olhar pelo próximo, é falta de saber olhar  com mais cuidado ainda ou melhor, falta de olhar mais fundo aqui dentro de casa.
Toda essa água saindo, querendo limpar a poeira não veio do nada, mas já se foi. Fiz coisas acreditando ser uma ajuda, mas talvez a forma com que fiz não ajudou só atrapalhou, já me desculpei só que desculpas não limpam casas.
Meu dom de sentir culpa pela poeira alheia aparece novamente, justamente pela contribuição da que vos fala. É dificil ser adulto e não poder errar ou não saber de tudo para corrigir os erros.
Quero ser criança, brincar, sem peso, sem porquês. Quero abraçar casas alheias e saber que não posso fazer nada alem de respeitar suas individualidades, sei lá! Quero abraços.

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