quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Meu Caro


Como queria tirar-te a angústia
dar-te um abraço e acabar com essa dor.
Mas meu ombro serviu apenas para doar-te forças,
Retomar teu fôlego para esbofetear tua própria face.
- Por mim, não faça isso. 
  Por você, não faça. 
  Por quem ou o que quer quê seja, não!

E lá estava teu peito inflando
Numa respiração acelerada e carregada
De alguém.
- Me bate!
- Não.
- Por favor, me bate!
- Não.
- Não?
- Não.
- Não?
- Me dê um bom motivo e talvez eu o faça.
- Por favor, te peço como amigo me dá um soco.
- Jamais, não me convenceu.
  Como amiga, prometa que vai parar com isso. (...)


Você transbordava sentimento.
Por alguns milésimos de segundo minha mente se fez em nós
Ridículos nós que se desfizeram,
Passando teu braço pelo meu ombro
Caminhando lentamente para equilibrar teus passos.
Poder acalmar tua respiração
Entregar minhas mãos para descarregar tua força
E depois ganhar um sorriso, dois, três
Bastou e me satisfez.
Agora vá e seja feliz com tua mulher.

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