quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Pessoa

Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio do deserto, seja no meio das grandes cidades, e quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão.
— Paulo Coelho
Sempre que passa um estranho na rua, e que eu acho interessante, encaro fixamente seus olhos, dou um leve sorriso, mas falta algo. É uma cena bacaninha, bonitinha, mas, fora isso, vazia. Não era essa a pessoa, a minha pessoa. Meu tempo nunca parou, só uma vez... Perdi totalmente a noção do tempo; a ponto de amanhecer o dia só então fui me dar conta de que não estava em casa, que o efeito da bebida já tinha passado há muito. Foi no mínimo constrangedor; quase cena de filme, imagine o cara na janela, fumando e bebendo cerveja as 6:00 a.m. SEIS DA MANHÃ! Bom, acho digno parar por aí. Enfim, o tempo parou mas ainda não consegui responder se foi, mesmo que momentaneamente, devido ao álcool ou se meu “sensor” ficou confuso, teve tantas provas que pensei ter encontrado A PESSOA... TCHARAM. Não, não dessa vez.
"Mas esse meu texto estava viciado, patinado, não evoluía. Alguma coisa me atrapalhava, palavras bizarras me vinham à mente, eu esfolava os dedos no teclado e no fim da noite jogava o trabalho fora."
- Chico Buarque, Budapeste.

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